miércoles, 28 de marzo de 2012

Dia 56 Terça-Feira 06.03.2012 Puerto Barrios-Livingston

 

Puerto Barrios com 76,450 habitantes é o ponto de partida para apanhar lanchas, tanto para Livingston como para Punta Gorda, no Belize.

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Livingston fica num golfete e é apenas acessível por barco para o resto do país, para as Honduras e para Punta Gorda no Belize.

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Topogigios são saquinhos de plástico com sumo de fruta congelado e Antojitos são petiscos ou tapas.

P1030560 E nada caíu da camioneta!

A Livingston chamam-lhe ‘Buga’, que significa ‘boca’, pela sua posição na boca do rio. Aí vive uma grande comunidade Garífuna, os descendentes de Africanos, cujas raízes remontam à ilha de Roatán, nas Honduras.

P1030569 A viagem na lancha até Livingston

Chegámos passada meia-hora e mal saímos era óbvio de que estávamos na Caraíbas. As pessoas, as casas de madeira coloridas construídas acima do chão, os restaurante vendendo pratos de peixe e as senhoras a oferecerem para fazer trancinhas no cabelo. O curioso de Livingston e o que a diferencia do resto da Guatemala é que aí convivem Garífunas, descendentes de europeus e comunidades Mayas.

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Depois de procurar por todo o lado onde ficar, acabámos por escolher ‘Los Rios Tropicales’, uma hospedagem na rua principal. Chovia e o tempo estava cinzento, nada apetecível para passear.

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Enquanto procurávamos um sítio para jantar, um senhor chamou-nos para o seu restaurante e mostrou-nos o menú, um papelito com as escolhas escritas à mão. Confessou-nos que vendia o prato de peixe a metade do preço do seu sobrinho que era dono do restaurante ao lado. Entrámos e imediatamente nos mostrou o peixe, camarão e lagostins de que poderíamos disfrutar se aí jantássemos. O senhor chamava-se Richard ‘para le servir’, provavelmente na casa dos 70 anos e pai de (pelo menos) dois filhos pequenos. Para além de chamar os clientes ao restaurante ‘El Recuerdo’, Richard é também o chef e empregado de mesa, ajudado apenas pela sua esposa. 'El Recuerdo’ é armazém transformado em restaurante muito humilde, com quatro mesas de plástico, duas dentro e duas fora; uma arca frigorífica com o peixe e marisco e outra com cerveja e sumos; um balcão onde atrás havia dois colchões onde dormiam os filhotes. E uma aparelhagem tocando música latina, ao som da qual dançava a filhota do Richard e… a Carolina!

P1030603 ‘El Recuerdo’

Dia 57 Quarta-Feira 07.03.2012 Livingston ‘Siete Altares’

Os ‘Siete Altares’ ficam a 5km a pé do centro de Livingston, caminhando sempre pela praia ao longo da ‘Bahía de Amatique’. Depois de caminhar os 5km entramos numa aldeia da comunidade Garifuna e passados vinte minutos e Q15 depois temos perante nós 7 cascatas espectaculares.

P1030696 P1030705 À entrada

Caminhámos quase até ao topo e parámos para tomar banho. Um lugar espectacular, também pela surpresa de de repente termos à nossa frente algo totalmente inesperado e escondido.

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P1030621 Não sabia que a minha cunhada tinha um barco por estas bandas…

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P1030689 P1030680 Paragem para beber uma água de côco (demasiado cedo para um coco loco: água de côco com rum)

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É um lugar diferente de tudo o resto, tanto pela caminhada que se faz até aí chegar, como pela beleza das cascatas. A água é completamente transparente e, pode-se dizer que estava no mínimo fresquinha.

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À saída havia um mural contando a história de Livingston e dos seus povos: “(…) la identidad cultural de los pueblos se forma de acuerdo con el medio en que viven, specialmente con relación a la concepción que tienen sobre su ambiente y la interacción que existe entre el hombre y la naturaleza con el universo (…)”. Outro mural contava um pouco do idioma Garifuna e d sua importância enquanto identidade de um povo e, não apenas, palavras faladas: “La lingua es la forma de expresión, posee importancia porque evidencia el paso historico de una nación, los pueblos que aun conservan su forma de hablar tienes fehaciente de que nunca fueran esclavizados (…)”.

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A primeira tentativa…
A segunda tentativa…

À noite voltámos ao El Recuerdo para jantar. Depois de dar voltas pela cidade facilmente percebemos que nenhum lugar oferecia peixe ou camarão ao preço que pagámos. Uma coisa curiosa é que muitos restaurante têm à porta um cartaz ou no seu menú especificado que os alimentos são lavados e cozinhados com água pura e potável. Por aqui não é aconselhável beber água da torneira, todos compram ou saquinhos de água (os mesmo que já tínhamos visto na Gâmbia, o que sai mais barato) ou garrafas de água. Nas lojas ou na rua dão-te sempre à escolha, ora saquinhos de 500ml ou garrafas de água.

Dia 58 Quinta-Feira 08.03.2012 Livingston-Rio Dulce-Antigua

O nosso objectivo era chegar até Antigua, o que implicava apanhar um barco de Livingston até Rio Dulce, daí um autocarro para a capital Guatemala e trocar para Antigua. O passeio de barco entre Livingston e Rio Dulce é um dos pontos altos de uma viagem à Guatemala. Lembrou-me os fiordes Noruegueses, obviamente com paisagens diferentes, mas pelo serpentear do rio entre vegetação de proporções enormes, que nos faz sentir bem pequeninas no barco.

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O passeio de barco fazia parte de uma tour, que também incluía uma paragem numas águas termais e  uma visita a um castelo (que não chegou a acontecer, vimos apenas desde o barco de passagem).

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Tomámos banho nas águas termais, mas o cheiro era tão intenso que passados dois minutos saí da água com vontade de tomar um duche frio!

Terminado o passeio de barco, mal chegámos a Rio Dulce havia uns dez homens dizendo “táxi? táxi? hotel? hotel?”, nem deu tempo para respirar e sair do barco como deve ser! Nós só queriamos sair dali e procurar o terminal de autocarros. O calor asfixiava e, depois de uns dias menos quentes em Livingston, parecia que o corpo já tinha esquecido o que são 30 graus… à sombra! Perguntando aqui e ali, lá chegámos ao terminal: bilhete comprado para Antigua com troca em Guatemala: partida ao meio-dia e hora prevista de chegada à capital às cinco da tarde, o que daria tempo suficente para apanhar o das seis da tarde para o nosso último destino do dia. Só deu tempo para comer qualquer coisa e lá fomos, sem saber o que viria a acontecer…

P1030845 Pormenor num dos autocarros

Começámos a viagem, passada uma hora o autocarro fez a sua primeira paragem para comidas e bebidas e, depois de um licuado de morango, seguimos. De referir que na Guatemala e, penso que o mesmo acontecia nas Honduras, as malas são revistadas à entrada do autocarro, por um guarda armado. Outro facto de realçar é a quantidade de sinais espalhados por restaurantes, lojas, estações com o sinal de proibido de entrar com armas de fogo. No início, parecia um pouco surreal, mas depois de ler os jornais diariamente, como temos feito, é fácil de perceber a facilidade com que se tem acesso a armas e o problema que constituem por estas sociedades. Na Guatemala temos lido o ‘Prensa Libre’, um jornal diário com artigos de opinião que nos fazem entender o contexto e as condições em que este país vive. Depois de começar a ler o jornal, tudo na rua começou a fazer mais sentido. O que salta logo à vista é que as primeiras páginas são sempre sobre assassinatos por tiroteios (maioritariamente na capital), por motivos tão díspares como invejas entre comerciantes, assaltos à mão armada com retaliação, roubos em táxis, entre tantos outros. O outro assunto a corrupção dos políticos. E o ‘Prensa Libre’ não é um jornal sensacionalista, é um jornal informativo e com credibilidade.

Enfim, voltando à nossa viagem, o que aconteceu a seguir foi que houve um acidente de trânsito no caminho e estivemos paradas na estrada um sem fim de horas.

P1030843 12 horas enfiadas no autocarro e os filmes que passavam eram todos de terror e violência!

Como estamos na Guatemala, não pudemos sair do autocaro para esticar as pernas e espreguiçar, porque não se sabe quem anda pelas estradas. A verdade é que chegámos à capital à meia-noite! Apanhámos um táxi para um hotel e, na manhã seguinte, fomos apanhar o outro autocarro para Antigua.

Dia 59 Sexta-Feira 09.03.2012 Guatemala Capital-Antigua

Chegámos à estação e o motorista diz-nos: “vocês são as duas senhoras que ontem tinham bilhete pars Antigua? Eu estava aqui à vossa espera e, como é proibido esperar na rua, disse aos taxistas que me avisassem quando vocês chegassem. Quando vi que o autocarro tinha chegado saí, perguntei por vocês e um taxista diz que vos levou até um hotel, em vez de me vir avisar”. Bem, a intenção é que conta…

Saída prevista às duas… outro acidente na estrada entre Rio Dulce e Guatemala. Como no dia anterior, havia pessoas nesse autocarro que tinham bilhete para Antigua. Ainda esperámos até às três para ver se chegavam, (deu tempo para almoçar nos famosos comedores guatemaltecos)mas nada. Começámos a pensar se os astros nos estavam a querer dizer qualquer coisa: chegaríamos a Antigua? É de realçar que Anitgua fica apenas a uma hora da capital- hora mais longa desta viagem até agora!

P1030848 P1030847P1030851 Uma senhora muito aprumada, ao bom estilo do sul da Europa, vendendo a lotaria.

P1030849 Diz que a paciência é uma virtude…

Chegámos a Antigua e deu logo para perceber de que era uma cidade linda.

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Depois de procurar onde ficar, fomos dar um passeio pela cidade, visitar o mercado e fazer compras ao supermercado para a próxima semana. A intenção era ficar em Antigua uma semana.

Dia 60 Sábado 10.03.2012 Antigua

e seguimos…

sábado, 17 de marzo de 2012

Dia 49 Martes 28.02.2012 Managua-San Pedro de Sula (HONDURAS)

 

La entrada en Honduras se resume en un dia de viaje muuuuuuuuuuuuy largo…

A entrada nas Honduras resume-se em um dia de viagem muuuuuuuuuuuito longo… Autocarro às cinco da manhã de Managua a San Pedro Sula, com chegada prevista para as cinco da tarde! Doze horas de viagem com duas paragens: uma na fronteira para mostrar e carimbar o passaporte e outra de meia-hora na capital das Honduras, Tegucigalpa, para comer qualquer coisa.

Pela primeira vez nesta viagem não passámos a fronteira a pé, já que a transportadora Tica Bus trata de recolher e mostrar os nossos passaportes em cada lado da fronteira e nós apenas temos que esperar no autocarro. Um processo mais simples, menos demorado, mas com menos histórias para contar. O único sinal de destaque foi que a polícia entrou no autocarro para fazer uma revisão com apenas dois passaportes na mão: ‘Filipa Manuel Miranda, donde está Filipa Manuel Miranda?’-tinha que ser a portuguesa! Tudo tranquilo, não mais do que o habitual comentário: ‘Portugal, sí, sí, Cristiano Ronaldo’. Nas fronteiras há sempre pessoas com maços enormes de dinheiro e calculadora na mão para quem quiser trocar moeda do país de onde se vem; há pessoas a cozinhar e a vender frango com arroz e feijão, rebuçados, sumos, entre outras coisas. Um conselho para quem anda em autocarros em viagens longas: trazer um casaco ou até uma manta, porque o ar condicionado está sempre altíssimo. E uma almofadita para descansar melhor…!

Na Nicarágua começámos a pensar que não teríamos tempo para visitar todos os países da América Central e, assim sendo, seria melhor saltar alguns lugares e voltar numa outra oportunidade. Assim decidimos não ir a El Salvador e às Honduras iriamos visitar apenas Roatán, a maior das três Bay Islands com 28,400 habitantes; as outras duas são Utila e Guanaja. A decisão foi tomada fundamentalmente por questões de segurança e, pensando também, onde nos iríamos sentir mais confortáveis.

Neste mesmo dia, a nossa ideia era chegar a San Pedro Sula a tempo de apanhar o último autocarro do dia, às seis da tarde, até La Ceiba para apanhar o ferry para Roatán (nas Honduras por questões de segurança não há autocarros de noite). Eram seis da tarde e ainda não tínhamos chegado. A Carolina pergunta ao ‘ajudante de conductor’ (aqui há sempre duas pessoas em qualquer autocarro, um conductor e outro que faz tudo o resto, como recolher bilhetes, etc.) se já não deviamos ter chegado. A resposta: ‘’aqui não há horas de chegada, fazemos apenas o nosso melhor.’ Perdemos o autocarro para La Ceiba e, às seis e meia da tarde, já era de noite quando chegámos ao terminal de San Pedro Sula. Juntamente com outros dois turistas apanhámos um táxi até ao hotel mais próximo, para às 4h30 da manhã voltar a entrar num táxi até ao terminal e apanhar o autocarro até La Ceiba às cinco da manhã. O rapaz do hotel onde ficámos garantiu-nos de que era seguro caminhar até à pizzaria mais próxima. Uma pizza excelente e duas cervejas depois; as primeiras Salva-Vidas, esse é o nome curioso de uma das marcas de cerveja nas Honduras. A caminhada foi tranquila, mas quem nos abriu a porta na pizzaria foi um segurança com uma metralhadora quase até aos pés… um pouco surreal, mas aparentemente um costume normal nesta cidade. O mesmo já nós tínhamos presenciado em Managua, onde qualquer loja vendendo artigos caros ou baratos, não apenas instituições como bancos, tem à porta um segurança armado. E, por armado, não digo apenas uma pistola, mas uma metralhadora.

Depois de jantar só deu para ver um bocadinho de televisão, fechar os olhos e já era hora de acordar outra vez.

Dia 50 Quarta-Feira 29.02.2012 San Pedro Sula-La Ceiba-Roatán

Depois das atribulações do dia anterior, lá chegamos ao ferry das nove da manhã de La Ceiba para Roatán. O guia de viagem avisava que a viagem poderia causar indisposições aos passageiros e, depois da experiência em Ometepe, não corremos riscos e tomámos um comprimido para o enjôo. A verdade é que o barco não tinha nada a ver com o de Ometepe, era um catamaran novo. Mal nos sentámos, havia um rapaz a distribuir sacos de plástico a cada passageiro (!!), mas a verdade é que passei a hora e meia de viagem a dormir.

P1030289 Saída de La Ceiba

P1030291 No ferry a caminho de Roatán

Roatán tem dois municípios: José Santos Guardiola (o nome de um anterior Presidente das Honduras) e Roatán, incluindo os Cayos Cochinos. A cidade com mais habitantes é Coxen Hole, capital do município de Roatán. A vasta maioria dos turistas ficam em West End, já que aí ficam as duas melhores praias: Half Moon Bay e West Bay. A população de Roatán, tal como das outras duas ilhas, é uma mistura de povos e culturas. A 12 de Abril de 1797 milhares de Afro-Caribenhos foram ‘deixados’ aí por Britânicos, depois de uma revolução na ilha de St. Vicente. Fizeram de Punta Gorda, em Roatán a sua casa e espalharam-se por Belize e Nicarágua. Assim nasceu a cultura Garifuna. Em 1869 os Britânicos assinaram um Tratado, cedendo as Bay Islands e Moskitia às Honduras. Nas últimas décadas, o governo Hondurenho decidiu que o Espanhol deveria ser a língua oficial em todas as escolas do país. Como tal, todos são bilingues e, é frequente escutar-se numa loja: ‘Buenas… the price of tomato es de diez Lempiras"’. Um inglês arrastado, com clara influência Caribenha. Aliás, tudo na ilha é arrastado… o tempo passa a um ritmo lento (ou não passa de todo…?!), não há pressa em cada passo dado, não há movimentos bruscos e, até o mar, parece sonolento de tão plano que é. O sol estava também preguiçoso, já que não parecia ter muita vontade de sair de detrás das nuvens. As únicas espécies mais activas eram decididamente os mosquitos!

As três ilhas são famosas pelo mergulho e snorkelling. Os recifes aqui fazem parte do segundo maior recife de coral do mundo, a seguir ao existente na Austrália. 

Depois de apanhar um colectivo, um táxi partilhado com outras pessoas, até West End, procurámos hospedagem. Fomos parar a Georphi’s Tropical Hideway, umas cabanitas com cozinha partilhada no fim da rua principal. Rua principal? Só há uma em West End!

Entre comprar vegetais, fruta, camarão, peixe e cozinhar passou-se o dia.

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P1030293 O tráfico de formigas em Roatán

P1030303 Um lagarto verde quase fluorescente

Dia 51 Quinta-Feira 01.03.2012 Roatán

A Carolina decidiu experimentar mergulho e eu fui fazer snorkelling.

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O mar é transparente com temperaturas a rondar os 26 graus e o recife tem tons acastanhados. No entanto, não vimos muitos peixes de cores diferentes, nem tartarugas, nem um camarãozinho sequer.

Depois de almoçar, ao fim da tarde resolvemos ir à praia Half Moon Bay uma horita, mas foi o suficiente para os mosquitos nos encherem as pernas de picadelas.

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P1030350 P1030370 Half Moon Bay

P1030382 O mar à noite

P1030389 Fotos experimentais da lua (!)

Dia 52 Sexta-Feira 02.03.2012 Roatán

2 de Março, dia de anos do meu pai e dia de Benfica-Porto. Um dia de emoções fortes.

Ser benfiquista é ter na alma a chama imensa lá lá lá…

Tirámos o dia para tratar de coisas na internet e também para nos organizarmos um pouco. Eu segui a partida pela internet e, apesar de dois saltos de alegria em forma de golos, acabei o jogo satisfeita apenas por não estar em Portugal nestas alturas. Para quem gosta de futebol, não há pior coisa do que acordar no dia seguinte, querer esquecer a derrota e os jornais e telejornais relembrarem-te constantemente do pesadelo.

Depois de passar literalmente o dia inteiro na internet, saímos apenas para tomar uma (ou duas) Salva-Vidas.

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Dia 53 Sábado 03.03.2012 Roatán – Praia West Bay

A primeira imagem do dia quando acordámos: um gato a dormir o mais relaxadamente possível, ao bom estilo de Roatán.

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A praia de West Bay fica a uns quarenta minutos a pé de West End. A caminhada só pode ser feita pela praia, de modo que o passeio é de cortar a respiração de tão bonito que é. A cada dez minutos abrimos a boca em admiração e, quando julgamos que o cenário não pode ser mais bonito, surge outra aguarela em tons turquesa.

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A caminho de West Bay

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Praia West Bay

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P1030504 Com Yvonne, uma rapariga irlandesa que conhecemos em Roatán.

P1030497 Não é um postal, mas parece.

Como já era de noite quando decidimos voltar a West End e, não é aconselhável caminhar pela praia quando está escuro, apanhámos um táxi-barco que demorou uns dez minutos. Fomos jantar à mais famosa churrascaria de Roatán, que por coincidência fica a dois segundos da pousada onde estávamos.

West Bay é das melhores praias que já vi na vida. Lembrou-nos de San Blas, embora com bastante mais gente. É uma beleza que se sente na pele. É uma beleza que vicia. O mar é tudo aquilo que vimos nas brochuras de agências de viagens e a que sonhamos ir um dia: quente, transparente e sereno. O único senão é a mosquitada.

Valeu a pena vir a Roatán só para ver esta praia.

Dia 54 Domingo 04.03.2012 Roatán

Não sei se por estarmos em Roatán onde tudo passa a um ritmo preguiçoso, a verdade é que este foi mais um dia tranquilo. O tempo espreguiçou-se pela tarde num bar na praia de Half Moon Bay entre leituras, internet e conversa fiada. Entre palavras perdidas, decidimos no dia seguinte começar a nossa viagem até à fronteira com a Guatemala.

P1030509 Bom dia!

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Já na praia…

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Yvonne, a rapariga irlandesa, fazia anos. De manhã procurámos por West End inteiro um bolo de anos, sem êxito. O melhor que conseguimos comprar foi um bolo pequenito de banana. À noite cantamos-lhe os Parabéns: missão cumprida!

Dia 55 Segunda-feira 05.03.2012 Roatán-Puerto Barrios (GUATEMALA)

Acordámos bem cedo com o objectivo de chegar a Puerto Barrios na Guatemala. Para isso acontecer não poderia haver imprevistos nem atrasos, já que as fronteiras nas Honduras fecham às seis da tarde e a viagem até aí chegar ainda é longa.

Um táxi levou-nos às três (a Yvonne viajou connosco) às seis da manhã até ao ferry. Um café antes de entrar no ferry e seguimos até La Ceiba.

P1030545 Uma típica estrada nas Caraíbas com imensa vegetação. É realmente impressionante a tonalidade de verdes aí presente.

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P1030541 A vista

Daí, táxi até à estação de autocarros, para tentar apanhar o mais rapidamente possível um que nos levasse até San Pedro Sula. No táxi ainda deu tempo para comprar o jornal a um rapaz que os vendia nos semáforos. Na estação andámos meias perdidas (é a maior estação de autocarros da América Central) e a Carolina lá encontrou o autocarro certo. Quase que o perdíamos, mas como disse antes, para chegarmos à Guatemala não podia haver atrasos. A viagem durou uma hora e a música que se escutava variava entre Celine Dión e Shania Twain- mais um conductor romântico, mas desta vez com influências estrangeiras. Embaladas por canções românticas e enlatadas entre pessoas a mais e malas, lá chegámos ao cruzamento onde teríamos que mudar de camioneta para Puerto Cortés na fronteira.

Enquanto esperávamos, juntamente com outras dezenas de pessoas, um senhor veio falar connosco, dizendo que estava a caminho da Guatemala e que tinha espaço no carro para as três. Nós e mais outro senhor fomos então, não sem antes acordar o preço da viagem. Já eram quatro da tarde, não podíamos correr o risco de chegar à fronteira tarde e o senhor pareceu-nos simpático. Pela primeira vez não havia ninguém na fronteira, então o processo de carimbar o passaporte foi rápido tanto no lado Hondurenho, como no Guatemalteco. A distância entre as ‘fronteiras’ é de 11km, não se pode caminhar como nas outras por onde já tinhamos passado. Mais uma fronteira, mais um meio diferente de a cruzar: carro. A primeira Panamá-Costa Rica a pé, Costa Rica-Nicarágua a pé, Nicarágua-Honduras de autocarro e agora de carro.

BIENVENIDAS A GUATEMALA!!

Chegámos a Puerto Barrios, onde chovia torrencialmente, procurámos hotel para no dia a seguir apanhar um barco até Livingston.

Conseguimos o que queriamos: chegar à Guatemala no mesmo dia!

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O jantar foi o típico Tapado, uma super sopa com leite de côco, um peixe inteiro e variedades de mariscos. Estava excelente. É curioso que no guia de viagem diz que em Puerto Barrios há um restaurante com comida portuguesa com feijoada claro (em terra de arroz e feijão não há porque mudar o menú)!

P1030546 Tapado

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Dia 56 Terça-Feira 06.03.2012 Puerto Barrios-Livingston

e seguimos…