viernes, 28 de septiembre de 2012

Dia 82 Domingo 01.04.2012 Entrada en Mexico

Dia 1 de Abril (e não é mentira!) partimos da capital do Belize até Santa Elena, na fronteira com o México. A entrada neste pais enorme foi a mais concorrida de toda a viagem. As filas na fronteira eram enormes e os papéis a preencher estavam todos em francês. Aparentemente as versões espanhola e inglesa estavam esgotadas. Demos por nós a ajudar as pessoas da fila com o preenchimento dos documentos ‘nombre’, ‘nationalité’, etc. Como sempre, fazia imenso calor e havia apenas duas pessoas a trabalhar. Também ficámos a saber que muitas pessoas do Belize vão passar o dia ao México para comprarem coisas. Fiquei a pensar ‘duas horas na fila ao calor para passar a fronteira para estar apenas umas duas horas do lado de lá?’ Enfim também eu já passei váris vezes duas horas a tentar sair das praias da Costa da Caparica ao fim de semana em direcção a Lisboa. Imaginem agora os espanhóis duas horas na fronteira à espera a preencher documentos para ir a Vila Real de Santo António comprar toalhas.

Passada a fronteira e um ‘Viva o México’ lá apanhámos um autocarro até Chetumal onde apanhariamos outro para Tulum, a nossa primeira paragem na Riviera Maya. A famosa Riviera Maya com a sua história e as suas praias paradisíacas. Quem nunca ouviu falar de Cancun?

P1050567 P1050568Belize

P1050570 P1050571 Aproximação à fronteira

Em Chetumal procurámos a estação de autocarros e depois de confirmada a hora de partida para Tulum deparámo-nos com um pequeno problema… não tinhamos dinheiro suficiente para comprar os bilhetes de autocarro. Cada vez que mudávamos de país chegávamos ao outro sem dinheiro, para não acumular moeda de que nada nos serviria de aí para a frente, excepto guardar uma moeda ou outra por recordação. Tinhamos meia-hora para achar um banco, eu fui a três e nenhum aceitava os meus cartões! À quarta foi de vez, corri de volta e a Carolina e o motorista (!) já estavam à minha espera para partir. Confesso que antes ainda fui ao supermercado onde escorreguei e, quase, cai de boca, para comprar nachos. Bela entrada no país! A viagem foi longuíssima, mas estes eram provavelmente os primeiros autocarros , exceptuando uma viagem no Panamá, que se assemelhavam aos autocarros que conhecemos. Logo aí deu para perceber a diferença económica entre o México e o resto dos países da América Central. Depois de gelar no autocarro (aconselho sempre a levarem uma camisola porque o ar condicionado é fortíssimo) e de parar a cada cinco minutos lá chegámos a Tulum. O autocarro apesar de ser de longa distância parava para apanhar e deixar pessoas como se fosse um transporte dentro de uma cidade. Simplesmente parava na autoestrada e lá entrava alguém, que saía daí a uns dez minutos.

As viagens entre países, o protocolo nas fronteiras são sempre cansativas, tanto pelas distâncias como pela preocupação de não perder nada, de ter o passaporte à mão, de não saber quanto se vai pagar para deixar e/ou entrar num país, das perguntas que fazem. Mas chegámos, estamos no México!

Não há fotos na fronteira, porque a carga policial era bastante extensa e não nos pareceu boa ideia dar nas vistas naquelas circunstâncias.

A primeira impressão de Tulum foi… não foi, porque era totalmente de noite quando chegámos e obviamente não se via nada. Apenas deu para entender que a cidade se estendia ao longo de uma grande avenida. Procurámos a pousada que tinhamos marcado ‘Casa del Sol’ e amanhã seria o nosso verdadeiro primeiro dia no México.

Dia 83 Segunda-feira 02.04.2012