Autocarro às sete da manhã até Panajachel, no Lago Atitlán. Este é um daqueles lugares que desde San Blas ouvimos pessoas a falar bem. Muita gente vem para ficar uns dias e acaba por ficar um mês. À volta do Lago Atitlán há doze aldeias, cujos nomes são inspirados nos doze Apóstolos, como San Pedro, San Juan ou Santiago. A viagem foi feita por entre curvas e estradas montanhosas dentro de um autocarro que já viu melhores dias. No dia anterior mudámos de ideia em relação onde ficar, de San Pedro para Panajachel. Ao longo da viagem várias pessoas deram-nos diversas opiniões e, parece que há uma aldeia ao gosto de cada um. Panajachel é um dos lugares com mais habitantes, 19.900, e co mais movimento. O tempo não ajudou, esperávamos ver o famoso Lago Atitlán e os seus três vulcões, Atitlán, San Pedro e Tolimán, no seu esplendor, mas o nevoeiro era tanto que não dava para apreciar a paisagem.
Panajachel
Tinhamos cozinha na pousada onde ficámos, então fomos à ‘Despensa Familiar’, o nosso supermercado de eleição na Guatemala, fazer umas compras. Para terem uma ideia da loucura pelo feijão por estes países, ao comprar 5 litros de sumo de laranja tem-se uma oferta de uma lata de feijão preto! Feijão alimenta, enche e é barato. Em Puerto Barrios havia um restaurante com comida portuguesa, feijoada claro, mas acabámos por não ir lá jantar.
Vai um suminho com feijão?
Dia 71 Quarta-feira 21.03.2012 Santa Catarina Palopó e Santo António
Começámos a caminhar de Panajachel para Santa Catarina pensando que eram 3km. Ainda não estávamos a meio caminho quando nos disseram que afinal eram 5km. Neste ponto já estávamos na montanha e a única esperança de não caminhar era que passasse um tuk-tuk. E passou! Ía carregado com sacos de batatas e outros vegetais, mas de perna cruzada (o que até é muito elegante) deu espaço para irmos as duas até Santa Catarina. Nestas duas aldeias todos estão vestidos com as roupas tradicionais Mayas. As senhoras e raparigas com um tecido envolto como uma saia até aos pés e uma blusa com decote em barco ajustada por um cinturão. Os senhores e rapazes também de camisa e calções de tecidos tradicionais.
Curioso é que as senhoras usam um tecido dobrado em quatro equilibrado em cima da cebça. Os tecidos Maya são minuciosamente trabalhados, com uma mistura de mil cores. Parar numa das colinas destas aldeias e observar as pessoas para cima e para baixo é um espectáculo de cor constante. Em Santo António a cor da aldeia é o azul, cor de eleição no vestuário de quem aí vive. As comunidades Maya vivem muito do artesanato que produzem e em dia de mercado as pessoas das aldeias mais remotas vêm às cidades vender o seu trabalho. A Guatemala, para além de ser o país onde a paisagem muda drasticamente de lugar para lugar, logo o mais diverso, é também aquele onde há uma cultura e tradição de artesanato verdadeiramente distinta. Realmente apetece comprar tudo.
Tuk-tuk
SANTA CATARINA PALOPÓ
Assistindo a um jogo de futebol
Fazendo amiguinhas
À BOLEIA NUMA PICK-UP DE SANTA CATARINA A SANTO ANTÓNIO
Ai os ovos
SANTO ANTÓNIO PALOPÓ
Dia 72 Quinta-feira 22.03.2012 Chichicastenango
Chichicastenango fica a três autocarros de Panajachel. É uma vila famosa pelo seu mercado de artesanato às Quintas e Domingos. Disseram-nos que havia um autocarro directo por dia, mas ninguém sabe muito bem as horas e não há estações onde perguntar. O bilhete compra-se ao ajudante de conductor e espera-se numa ‘paragem’ que não é mais que a esquina de uma mercearia com o senhor que vende mango a 5 Quetzals.
Este mercado atrai muitos turistas, porque as aldeias Maya vizinhas todas vêm aqui vender o seu artesanato logo a variedade é imensa. Chegámos pela hora de almoço e depois de visitar a igreja, onde assistimos a um ritual Maya, aventuramo-nos pelo mercado. A cultura Maya incorpora os seus rituais com os da fé Católica, já que os seus templos foram destruídos ao longo dos tempos, é na igreja que vêm rezar.
A primeira mudança de autocarro foi em Sololá, uma vila a 4km de Panajachel com a sua praça, mercado e igreja.
Mango e mais mango
De Sololá a Los Encuentros foi uma mudança rápida de autocarro até chegar a Chichicastenango, numa estrada pela montanha com curvas e mais curvas. Chegámos e realmente havia uma multidão movendo-se pelos caminhos labirínticos do mercado.
Por toda a Guatemala há um barulho constante similar ao bater de palmas. São raparigas e senhoras a fazer tortillas de maíz, que é o pão deste país. Não há refeição que não seja acompanhada de um cestinho com cinco ou seis tortillas. Em qualquer mercearia há um canto com um ‘assador’ de tortillas, como uma chapa redonda grande e duas senhoras com uma bola de massa na mão moldando-a até formar um círculo pequenito. Este moldar da massa é o que dá o barulho de bater de palmas. Ainda não percebmos a diferença entre tortillas a dois e a três tempos…
Dia 73 Sexta-feira 23.03.2012 Panajachel-Guatemala-Flores
Hoy finalmente amanece el dia claro por lo que nos vamos a dar un paseo en barco por el lago. La idea inicial era añadir alguna vitita a algún otro pueblo pero como nos vamos hoy, el tiempo apremia y el presupuesto aprieta! El precio que nos ofrecen por el tour de una hora es de 300 quezales, dada la experiencia que ya tenemos con esto del regateo lo acabamos sacando por 40 Q las dos. No fuimos muy lejos pero ya el paseito mereció la pena.
Y para despedirnos de Atitlán una rubia frequita admirando la espectacular vista de los volcanes sobre el lago.
Una vez má, recogemos maletas y nos ponemos en marcha. Esta vez hacia la Ciudad de Guatemala con la intención de coger un autobús nocturno que nos lleve a Flores (norte del país). Parecía relativamente fácil puesto que el plan era coger un bus directo a la ciudad que tardaría unas tres horas. Obviamente eso no pasó y tuvimos que saltar de autobús en autobús (tres cambios y un taxi) el viaje fué una auténtica tortura, prácticamente unos sentados encima de otros, con curvas que te llevaban de un lado al otro de un autobús de dudosa seguridad... Cinco horas más tarde estaríamos comiendo unas tortillas con frijoles y arroz en el comedor Emilio mientras esperamos por el siguiente bus. Todo un espectáculo!
Dia 74 Sábado 24.03.2012 LLegada a Flores
Flores es una diminuta península en el Lago Petén Itzá. Llegámos a las cinco de la mañana a Santa Elena, nos tomámos un café en el mercado dónde los trabajadores vienen a desayunar pollo con frijoles y uno de ellos del bar nos llevó al centro de la isla. Entre Santa Elena y Flores hay un puente de unos 500m que separa los dos pueblos.
Se puede caminar alrededor de toda la isla en veinte minutos. La plaza y la Iglesia están en el centro. En la plaza hay un kiosquito que vende comida mexicana: tacos, burritos y tortas gringas (bocadillos) muy barato y bastante bueno. Los licuados (melón, papaya, sandía, piña, fresa) eran deliciosos y a solo 5 Quetzales. Cenamos aqui casi todos las noches.
Como la isla es tan pequeña, todos los hoteleles tienen vista al lago. En Flores hace calor, exactamente lo que queriamos depués de unos dias fresquitos en Antigua y en el Lago Atitlán.
Flores es super tranquilo, el Lago Petén Itzá es perfeto para bañarse y la base ideal para visitar las famosas ruinas de Tikal.
Dia 75 Domingo 25.03.2012 Tikal
A las cuatro y media de la mañana un bus nos recojería para irmos a Tikal a visitar las famosas ruinas. Es mejor ir temprano, porque hace mucho calor y más tarde hay mucha gente, especialmente hoy que es Domingo. Pagamos transporte y guia, pero hubo un problema. El guia, guatemalteco, se negaba a hablar español porque la mayoría de la gente en el grupo hablaba inglés. El trato fué bastante desagradable así que decidimos irnos por nuestra cuenta (sin guia, pero con mapa!) El tour lo habíamos contratado con agencia San Juan, No recomendable en absoluto.
La diferencia entre Tikal y otras ruinas como Chichen Itzá, Copán o Uxmal es que están en la jungla. Aunque las plazas donde estan las pirámides y templos estean limpias de vegetación, el sendero entre plazas es pura jungla y eso es lo más impresionante de Tikal! Caminar y de repente ver una pirámide de más de 6 metros! a la vez que monos saltan de entre las copas de los árboles y loros de colores sobrevuelan por encima de tu cabeza. Para visitar todo con tiempo, son necesario como mínimo unas seis horas.
Los Templos son impresionantes y la vista desde arriba (se puede subir a las pirámides) es incrieble.
Dia 76 Lunes 26.03.2012 Flores
Teniendo en cuenta que seguiamos sin decidir si irnos a Belize o directamente a México… terminamos quedándonos un dia más en Flores y disfrutar de ese pequeño “oasis” de el Petén.
En la tarde a la orilla del lago señoras puenen puestos con comida: tacos, burritos, tostas, pasteles y zumo de tamarindo.
La puesta del sol no podia ser más bonita.
Dia 77 Martes 27.03.2012 Destino: Belize
y seguimos…